Uma equipe internacional de astrônomos anunciou nesta quarta-feira (18), na revista "Nature", a descoberta da galáxia espiral mais antiga já detectada, com 10,7 bilhões de anos, ou seja, dos primórdios do Universo.
Segundo a teoria do Big Bang, a expansão do cosmos começou há cerca de 13,7 bilhões de anos, idade aproximada da Via Láctea, outra galáxia espiral. Nesse período, as galáxias costumavam se colidir com frequência, as estrelas se formavam com mais rapidez e os buracos negros cresciam muito.
Até agora, os cientistas acreditavam que essa era uma época em que não existia esse tipo de formação, por causa das condições desfavoráveis encontradas. A BX442 tem bilhões de anos a mais que outras galáxias espirais conhecidas e foi identificada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa.
Galáxia espiral com quase 11 bilhões de anos é identificada pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e é a mais velha já descoberta (Foto: Joe Bergeron/Dunlap Institute for Astronomy & Astrophysics)A "nova" galáxia viajou até nós todo esse tempo e agora pôde ser vista como era há quase 11 bilhões de anos. A BX442 é considerada grande e com muita massa, tem braços proeminentes e bem definidos, além de um disco grosso e quente – propriedade até então considerada favorecedora de estruturas mais aglomeradas que essa. A evidência de um enorme buraco negro no centro dela pode indicar sua evolução.
Segundo o pesquisador David Law e colegas, essa galáxia é a única a apresentar uma estrutura espiral entre 306 galáxias do início do Universo avaliado pelo Hubble. Todas tinham o mesmo tipo de "desvio para o vermelho", ou seja, a quantidade de luz emitida no espaço, o que pode indicar a distância de uma galáxia em relação ao Sistema Solar.
Os autores concluem que a BX442 está passando por uma pequena fusão com uma galáxia vizinha menor, cuja interação pode levar à formação de uma nova estrutura espiral de curta duração. Isso significa que ou esse mecanismo de criação é raro ou a duração de galáxias assim é curta demais, fazendo com que haja uma janela de tempo muito estreita para torná-las observáveis.
As galáxias espirais contêm estrelas e gases onde novas estrelas nascem. Outras, chamadas elípticas, costumam ser mais velhas e ter estrelas vermelhas se movendo em direções aleatórias. Nos primórdios do Universo, havia uma grande quantidade dessas galáxias irregulares.
O estudo da BX442 pode ajudar os astrônomos a entenderem como as galáxias espirais se formaram, inclusive a Via Láctea. Participaram da pesquisa as universidades de Toronto, no Canadá, da Califórnia (UCLA), de Wisconsin, do Arizona e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos EUA.
Super Aglomerado
Depois de descobrir os aglomerados de galáxias, os astrônomos se perguntaram se existiam estruturas ainda maiores no Universo. Em 1953, o astrônomo francês Gérard de Vaucouleurs demonstrou que os aglomerados de galáxias também formam estruturas maiores, denominados superaglomerados de galáxias ou supercúmulos de galáxias.
A maioria dos superaglomerados têm milhões de anos-luz de diametro e contém milhares de galáxias. A existência de superaglomerados indica que as galáxias no Universo não estão uniformemente distribuídas, a maioria delas se agrupa em grupos e aglomerados, cada grupo contém cerca de 50 galáxias e cada aglomerado, vários milhares de galáxias. Não há conhecimento de nenhum aglomerado de superaglomerados, mas sua existência é debatida. Acredita-se que o número total de superaglomerados no Universo seja em torno de 10 milhões.
Superaglomerados próximos
Superaglomerados local ou Superaglomerados de Virgem: contém o Grupo Local com nossa galáxia, a Via Lactea.Os principais aglomerados de galáxias são: Grupo Local, Grupo do Escultor, Grupo IC 342/Maffei, Grupo M81, Grupo M94, Grupo Centaurus A/M83, Grupo M101, Grupo M51, Grupo Canes II, Grupo M96, Trio do Leão, Aglomerado de Virgem (o maior de todos), Grupo Ursa Maior, Aglomerado Fornax, Aglomerado Eridanus, Grupos Leão II, Grupos Virgem II e Grupos Virgem III.
Superaglomerados Distantes[editar]
